Pessoas
O povo peruano é, em geral, muito simpático! Principalmente onde o turismo é mais significativo, como em Cusco, são muito solícitos. Na capital, Lima, as pessoas são mais reservadas, mas estão longe de serem emburradas como em outras capitais (Buenos Aires, por exemplo). Em Cusco, devido à presença maciça de brasileiros, mesmo quem não fala bem o espanhol consegue se virar bem, pois os nativos se esforçam mais para se comunicar. Já em Lima a fala é mais rápida, carregada e eles não se importam muito se você não está acompanhando.
Câmbio
No período em que permanecemos no Peru, o Novo Sol variou de 0,80 a 0,77 centavos de Real. Ou seja, com as taxas ficava quase um para um. Então, leve dinheiro para o dia a dia como se fosse viajar pelo Brasil e um pouco a mais para emergências e compras. Como em Lima só precisamos fazer câmbio quando chegamos, no aeroporto, não tenho ideia dos melhores pontos. O câmbio nos aeroportos geralmente é mais desvantajoso, eu aconselharia trocar moedas nas muitas casas de câmbio da Avenida El Sol, em Cusco.
Clima
Visitamos o Peru no inicio do inverno e devido à altitude de Cusco a sensação térmica à noite poderia chegar a 0°, mas a temperatura oficial raramente cai menos do que 2°. Durante o dia as temperaturas são mais amenas, principalmente ao sol, chegando à média de 20°. Cusco encontra-se a 3.400 metros acima do nível do mar, então é normal que os estrangeiros sofram do já conhecido soroche ou mal de altitude. Pessoalmente, eu fiquei à base dos remédios para enjoo e dor de cabeça que levei do Brasil, mas existem opções locais específicas para isso, uma delas é o Sorojchi Pills. Para garantir, compre um ao desembarcar do avião!
Transporte
Prepare-se para andar MUITO! Tanto em Cusco quanto em Aguas Calientes e (logicamente) em Machu Picchu. Andamos por todo o Centro Histórico de Cusco, mas optamos por voltar de táxi para o hotel algumas vezes, afinal a rua em que ficamos era uma ladeira imensa! Os táxis são bem baratos para trajetos curtos, mas dependendo da época do ano, o trânsito pode ser complicado nos arredores da Plaza de Armas (principalmente no Inti Raymi). Para sítios mais afastados utilizamos o transporte de uma agência de turismo (van e micro-ônibus), o que não nos eximiu de subir ladeiras e escadarias imensas. Não chegamos a pegar ônibus nem mesmo em Lima, onde também caminhamos a maior parte do tempo, utilizando táxis apenas para fazer o trajeto de ida e volta do aeroporto. Em Aguas Calientes confie nas suas pernas! O lugar é pequeno e não me recordo de ter visto muitos carros. Como já é de conhecimento geral, temos que utilizar trem para chegar até lá (Peru Rail, cujos preços variam de US$ 55,00 a US$ 400,00) e um micro-ônibus até Machu Picchu (cerca de US$ 20,00) cujas passagens podem ser adquiridas na hora do embarque.
Gastronomia
Empanadas, empanadas… e mais empanadas!! As empanadas peruanas são deliciosamente práticas e baratas (cerca de 3 soles). Eu gostei de todos os sabores que experimentei: carne, frango e queijo. E ainda tem a facilidade de serem encontradas em qualquer esquina. Não restam dúvidas de que as empanadas se tornarão a dieta básica de qualquer mochileiro disposto a economizar o máximo! Mas, se você tem preferência por uma gastronomia mais sofisticada, pode experimentar os pratos típicos da região, como ceviche, lomo saltado e carne de alpaca. Eu (idiotamente) não estava muito a fim de arriscar passar mal experimentando comidas diferentes (bastava o enjoo do mal de altitude), por isso, só experimentei um pedaço de carne de alpaca. O ceviche, feito de peixe, é provavelmente o prato típico mais famoso do Peru. Quem gosta de peixe e frutos do mar não deve deixar de experimentar. Quanto às bebidas, experimente a (infame) Inka Cola, refrigerante primo do Guaraná Jesus (!), a chicha morada, cerveja que pode ser alcoólica ou não, à base de milho e o pisco, aguardente feita da destilação de uvas. E, claro, use e abuse do chá de coca para ter disposição e minimizar os efeitos do soroche!
Vida noturna
Confesso que nossa trip deixou um pouco a desejar quanto a esse ponto. Era difícil conciliar os compromissos matinais com uma vida noturna agitada, mas ainda assim conhecemos pelo menos uma boate em Cusco, provavelmente a mais famosa delas, a Mama Africa. Aliás, os arredores da Plaza contam com boas opções, tanto com relação a casas noturnas quanto em relação a bares e pubs. Em Aguas Calientes também existem opções de bares mas, se não me engano, havia apenas uma casa noturna que não chegamos a conhecer. Em Lima, o point é a Calle de las Pizzas e as ruas em torno do Parque Kennedy. Infelizmente, não tivemos tempo de conhecer profundamente a vida noturna da capital.
Atrações turísticas
Quando falamos em visitar o Peru, pensamos logo em Machu Picchu e, de fato, a cidade sagrada é o ponto alto de uma viagem às terras incas, mas… existem muitos lugares igualmente interessantes! Não deixe de contratar os serviços de uma agência para fazer um city tour por Cusco e, principalmente, um tour pelo Vale Sagrado. Geralmente esses pacotes são corridos, mas para quem tem pouco tempo de viagem funciona bem. Em dois dias, podemos conhecer os principais sítios arqueológicos da região de Cusco. Caso tempo não seja um problema durante sua estadia, dedique-se a conhecer mais a fundo os sítios de Sacsayhuamán, Tambomachay, Ollantaytambo e Pisac que são enormes! Não chegamos a conhecer Maras e Moray, mas dizem que vale muito a pena. O boleto turístico geral dá direito à maioria das atrações por 130 soles (cerca de R$ 100,00) e pode ser adquirido em agências ou na entrada dos parques. Em Aguas Calientes, encare as fontes termais (coragem!), pois vale a pena! Depois de horas de caminhada, não tem nada mais relaxante do que as piscinas de água quente, ainda que o aspecto das mesmas não seja lá muito convidativo… As Linhas de Nazca ficaram para uma outra oportunidade também, mas é imprescindível para os fãs de arqueologia e teorias da conspiração.
E aqui encerro os relatos e dicas sobre o Peru. Foi uma viagem curta, mas inesquecível!
Abraços e boas trips!
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